A história centenária do Theatro Circo é uma montanha-russa de triunfos e incertezas, com um início auspicioso, em conformidade com o glamour que se viveu nos anos 20 e 30.
Os anos seguintes serviram de consolidação no panorama cultural português e os anos 60 e 70, em consequência das ameaças modernas como a televisão, resultaram nalgum declínio.
As décadas de 80 e 90 eram de futuro incerto, mas pela mão da autarquia local, que apos a sua aquisição executou obras de requalificação, devolveram o esplendor a esta magnifica sala de espectáculos e colocando-a ao serviço da população.
O Theatro Circo foi idealizado pela primeira vez em 1906, por um grupo de bracarenses liderado por Artur José Soares, José António Veloso e Cândido Martins.
Nessa data, a cidade possuía apenas o pequeno Teatro São Geraldo, vindo, assim, o Theatro Circo satisfazer as necessidades da cidade que, tal como o resto do país, assistia a um grande desenvolvimento teatral.
Em 1911, o projecto começou a tomar forma pela mão do arquitecto João de Moura Coutinho e, a 21 de Abril de 1915, o Theatro Circo foi inaugurado, coincidindo com um período de grande desenvolvimento económico e social em Braga.
Ao longo de décadas, o espaço foi readaptado a novas necessidades impostas pela própria evolução dos tempos e adquiriu novas valências, sendo de destacar a instalação do cinema sonoro.
Pelo seu palco, passaram grandes artistas de renome internacional da época, como a violoncelista Guilhermina Suggia, o violinista Isac Stern e o pianista Arthur Rubenstein, as Orquestras Nacionais de Florença, Praga, Madrid ou Viena, a Ópera de Londres, entre muitos outros.
Após alguns anos de decadência e esquecimento, o processo de remodelação teve início em 1999, tendo o Theatro Circo sido submetido a profundas obras de restauro e requalificação, que alem do restauro de todo o imóvel com total respeito pela sua arquitectura e pelo reforço e consolidação da estrutura e sua segurança, teve por objectivo a reconversão do Theatro Circo num grande complexo cultural, capacitado com a mais actual e completa tecnologia cénica e sonora, capaz de responder às necessidades da arte contemporânea nas suas mais variadas dimensões.
Para além da Sala Principal, com lotação de 897 lugares, o equipamento foi complementado com duas novas salas: um Pequeno Auditório com 236 lugares e uma sala de ensaios.
A requalificação incluiu ainda a reposição da traça original do Salão Nobre, libertado agora das alterações que foi sofrendo ao longo dos anos.
Todo este processo culminou a 27 de Outubro de 2006 com a reabertura do Theatro Circo, num momento de celebração marcado pela actuação da Orquestra Sinfónica Nacional Checa, que devolveu à cidade uma sala de imponência invulgar e de beleza arquitectónica difícil de suplantar por qualquer outra sala, portuguesa ou europeia.
Informação obtida na página do Theatro Circo
Como chegar ao Theatro Circo
(41°32’59.30″N 8°25’28.18″W) Avenida da Liberdade – Braga – Minho – Portugal