25 de Abril de 1974
Era meia-noite, 20 minutos e 19 segundos quando os militares decidiram acabar de uma vez por todas com uma ditadura que matava o País com uma morte que não se via.
Dá-se a libertação dos presos políticos, o fim da censura e o termo da guerra colonial que durou cerca de 13 anos. A combinação da “senha” difundida pela Rádio Renascença para a saída das tropas dos quartéis é o acontecimento menos conhecido de todos.
A empresa radiofónica pôs no ar a célebre canção “Grândola Vila Morena” de José Afonso. Otelo é o legítimo comandante operacional do 25 de Abril. É curioso como o 25 de Abril, que estabeleceu uma ruptura definitiva com factores determinantes da nossa identidade histórica, seja hoje pouco mais do que um feriado, com sorte, uma “ponte”.
Dia do Trabalhador
Só a partir de Maio de 1974 é que se voltou a comemorar livremente o Primeiro de Maio e este passou a ser feriado. Durante a ditadura do Estado Novo, a comemoração deste dia era reprimida pela polícia. O Dia Mundial dos Trabalhadores é comemorado por todo o país, sobretudo com manifestações, comícios e festas de carácter reivindicativo, promovidas pela central sindical CGTP-Intersindical (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical) nas principais cidades, assim como pela central sindical UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Não quer nem pode parar Na sua tarefa insana Só quer destruir, queimar… Não passa dum safardana.
COPCON – Comando Operacional do Continente, estrutura de comando militar para Portugal continental (enquadrado no Estado-Maior General das Forças Armadas) criada pelo MFA no período que se seguiu à revolução de 25 de Abril de 1974 e extinto após o 25 de Novembro de 1975. Na prática coincidiu também com o comando da Região Militar de Lisboa.
O COPCON era chamado o braço armado da revolução. Fazia parte da Comissão Coordenadora do Programa (como o próprio nome indica destinada a vigiar o cumprimento do programa do MFA), entre outros.
P’ra se fazer respeitar- E sempre em paz – dar o tom -Belas mulheres recrutar
É ideia do COPCON(“Nova arma do COPCON” – quadra traduzida da famosa e mítica “aliança Povo-MFA”)
Brigadas Revolucionárias
As Brigadas Revolucionárias tiveram uma acção importante de contestação ao Estado Novo, altura em que desenvolveram actividade de defesa dos movimentos de libertação das colónias.
Depois do 25 de Abril, e desde 1973 já transformados em PRP, o grupo que integrava as Brigadas Revolucionárias passou a ter actividade pública. Publicava o jornal Revolução dirigido por Isabel do Carmo que foi a líder carismática do PRP.
O partido participou na campanha às eleições de Abril de 1975 com o slogan: “A arma é o voto do povo”.
“Depois do 25 de Abril não houve acções armadas. As ocupações eram acções mais radicais porque eram feitas contra a vontade dos proprietários” – refere Isabel do Carmo.
O PRP dá apoio à candidatura presidencial de Otelo Saraiva de Carvalho e Isabel do Carmo esteve presa de 1978 a 1982.
Qualquer Semelhança Com a manicura …
Por NAIA-Artista Plástico –
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NOTA – A foto do militar é do autor desta composição artística e texto editado
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António Manuel Ribeiro de Magalhães
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