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Sexta-feira, Maio 17, 2024

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Tergiversações de um líder vendido por uma televisão perto de si

Case study. Very british.
Ele era um menino prodígio.
Os outros meninos brincavam com bolas e pistolas de plástico, e o Paulinho já só se interessava por in-fólios.
Adolescente, já perorava sobre politica, na sala da mamã, toda babada, com as tias à volta, a bater palminhas…
“Este menino vai longe”, diziam…
No colégio de São João de Brito, dos jesuítas e na católica, nunca se destacou como aluno…
Mas publicava umas croniquetas no “Tempo”, do patusco Nuno Rocha…
Escrevia: “o Cavaco merecia um estalo”
E o rapazinho Paulinho, era capaz de lho dar…
Uma fera.
Aos 15 aninhos, inscreveu-se na JSD. Não lhe deram cavaco.  Demitiu-se…
O talentoso Miguel Esteves Cardoso, bem financiado, fundou o jornal Independente, para se divertir e dar, como deu, azo à sua imaginação após inalar pó branco(foi ele que o confessou).
O Paulinho era só drunfos.
A fonte é ainda o insuspeito MEC.
Foi buscar o Paulinho, que disse do Cavaco e dos seus ministros, o que Maomé não disse do toucinho…
Com verdades, meias verdades e algumas mentiras o Paulinho ganhou a ribalta. Deu nas vistas. Fez-se gente.
O único que o enganou foi o Marcelo.
Lembram-se do célebre episódio da vichychoise e do que o Paulinho disse do Marcelo, em direto, no programa do Herman?
(Deus deu-lhe a inteligência e o diabo a alma) recordam-se?
Na universidade Moderna, fez um centro de sondagens (com o Santana Lopes)
só trapalhadas e aldrabices.
Exigiu um jaguar, porque era very british.
Estampava-se e fugia.
O Manuel Monteiro resolveu disputar o moribundo CDS. Ganhou ao Basílio Horta.
Foi buscar o Paulinho ao Independente. Pô-lo como número 2.
O menino prodígio chegou a líder político.
Não tardou a morder a mão que o criara. A criatura devorou o criador.
Oiçam o que o Monteiro, disse nas TVs sobre o menino prodígio,
“que metera o rabinho entre as pernas”.
Alcandorou-se a líder, num coio de famintos de poder, boys à procura de jobs e de lobysmo.
Não sem antes ser apertado e vexado, pela saudosa Maria José Nogueira Pinto, a quem um deputado do menino prodígio deu um encontrão no congresso de Óbidos.
Obteve uns escassos 8%.
Foi ministro.
Da Defesa, (as anedotas circulavam) dos Negócios Estrangeiros.
Vice Primeiro Ministro.
Os rumores de corrupção acompanham-no há anos.
Ora emergem ora submergem.
Como os Submarinos.
A Embaixadora Ana Gomes nunca lhe deu tréguas. Nem com os submersíveis, nem com os sempre murmurados episódios da Caterine Devenue…
Mas ele é peixe de águas profundas.
“Jácintoleitepelorego#, era o nome de código dos depósitos em numerário.
Foi um dos episódios mais risíveis.
Diz quem sabe que o nome era apropriado.
O menino prodígio é irrevogável.
A palavra que dá, vale o mesmo que as promessas que faz.
Cada vez que deixa de ser ministro, sai de chefe do CDS.
Assim que lhe cheirar a possibilidade de voltar ao poder, o menino volta ao Caldas. E às feiras.
Fê-lo com o Ribeiro e Castro.
Não o fez com a Cristas, porque o seu inegável faro, não farejou poder…
Só o Nuno Melo percebeu.
Há pouco, mexeu os cordelinhos na penumbra, manobrando as suas marionetas, como adora, mas o rapaz Chicão, do Zacatraz, estragou-lhe os planos…
Amuou.
Serpenteia bem no mundo dos holofotes, dos mercedes negros e reluzentes, dos body guards, do palácio das Laranjeiras, das misteriosas e frequentes viagens que fazia ao estrangeiro, pagas pelo erário publico, sem se perceber ao que ia…
Do governo saiu para a administração e consultoria das grandes empresas de negócios.
Está como peixinho na água, sempre à tona, à babugem…
Fora dessas mordomias e privilégios a política é desinteressante.
Só lhe interessa o espectáculo.
A TVI, comprada pelo barqueiro do douro, catapultou-o para nova visibilidade. Debita banalidades e aldrabices de feira, como se tivesse descoberto a vacina.
Está obcecado por Belém.
Daqui a 5 anos.
Vichyssoise?
É um narcisista fixado no seu umbigo. Tudo aquilo é teatralidade.
Puericultura disfarçada de emoção.
Merece um estudo.
Sim, o menino prodígio é um case study.
Só dá alegrias à mamã. Que lhe escolhe as camisas, as gravatas e os lencinhos, segundo confessou.
Emergirá? Emerge!
Varela de Matos, advogado

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